12.7.07

 

Educação a Distância: R$ 3 bi até 2010

Um mercado que se beneficia do rápido avanço tecnológico, a educação à distância registra um ritmo espetacular de crescimento. Segundo dados da Associação e-Learning Brasil, os investimentos na atividade devem crescer a uma média de 40% ao ano até 2010 e somar R$ 3 bilhões nesse período.

Ainda de acordo com dados da entidade, os gastos nessa área por empresas e escolas envolvendo desde treinamento de funcionários, cursos rápidos, até graduação e pós-graduação somaram R$ 470 milhões de 1999 até 2005.

Em 2005, foram R$ 168 milhões. Os números são considerados conservadores pelo próprio presidente da associação, Francisco Soeltl. “Referem-se a apenas 71 organizações, que representam 14% do universo das que já declararam ter usado e-Learning (ou seja, a educação à distância com o uso de tecnologia) no Brasil”, afirma.

Nesse ano, os recursos foram investidos em grande parte em conteúdo on-line (48% do total), em serviços (29%) e em sistemas de gestão e de controle do aprendizado e em salas virtuais (23%).

Outros dados confirmam a forte expansão que vive esse mercado. A Abed (Associação Brasileira de Educação à Distância) aponta, por exemplo, entre fornecedores de treinamento, conteúdo, equipamentos e insumos, expectativa para este ano de um crescimento médio de 57% no faturamento (para o total de R$ 59 milhões).

O levantamento da associação mostra ainda que o Brasil totalizou no ano passado 2,279 milhões de alunos no ensino à distância credenciado pelo MEC (Ministério da Educação), em educação corporativa e em projetos nacionais e regionais (do Sebrae, por exemplo).
Isso significa que um em cada 80 brasileiros estudou à distância no ano passado. Apenas no ensino credenciado pelo MEC, o número de estudantes cresceu 54% em 2006 e chegou a 778 mil pessoas. Se forem contados apenas os alunos de graduação e pós-graduação, o aumento foi de 91% em 2006.

Uma das líderes em soluções de e-Learning no País, com a oferta de conteúdo on-line, planejamento, instalação de sistemas e data center, a Micropower, de São Caetano, acompanha a evolução desse mercado.

A empresa tem crescido 30% ao ano em faturamento, com o atendimento a clientes no Brasil (como General Motors, Universidade Imes, Fundação Salvador Arena, entre outros) e em outros países da América Latina (Argentina, Colômbia e Venezuela).

TENDÊNCIA

Para Soeltl, que além de presidente da Associação de e-Learning é proprietário da Micropower, o crescimento é natural. “O e-Learning abre portas para que mais gente faça cursos e, assim, o custo caia. Outro ponto é o aumento de vendas, já que as empresas capacitam mais rápido os vendedores (no caso de treinamento corporativo)”, afirma.

Para o diretor científico da Abed, Waldomiro Loyolla, o crescimento da educação à distância ocorre também por ser uma tendência relativamente nova no País e que democratiza o acesso a mais alunos.

Loyolla ressalta que nem sempre significa economia para empresas e escolas. “Isso é um mito. É mais barato quando há larga escala (ou seja, muita gente atendida), senão é mais ou menos a mesma coisa que o método presencial. Para pequenas turmas pode ser até mais caro”.

Fonte: Diário do Grande ABC

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