14.6.07

 

Tecnologia revoluciona curso oferecido a distância

Aulas em universo virtual e pelo celular são novas alternativas de ensino

Apesar de o material impresso ser a principal plataforma utilizada na EAD (educação a distância), ele vem perdendo espaço para outras mídias. Hoje o e-Learning está presente em 56% dos cursos, e a videoconferência, em 20,8% deles. Em compasso de interatividade instantânea, aulas pelo celular e cursos no Second Life, ambiente virtual que reproduz o mundo real, surgem como opções para os estudantes.

O Senac São Paulo é uma das instituições que têm se lançado ao desenvolvimento dessas ferramentas. A partir deste mês, a escola promete oferecer ensino a distância no Second Life.

"Avatares" (personagens) poderão interagir com o tutor do curso por chat ou vídeo, fazer download de materiais e tirar dúvidas em tempo real."A EAD terá um futuro mais próximo da realidade humana. Hoje, as plataformas são bidimensionais, o Second Life é tridimensional", diz Sidney Latorre, gerente de TI do Senac. A instituição entrará no universo paralelo para, a princípio, oferecer cursos voltados para a administração do próprio ambiente virtual, como os de criação de objetos. A intenção, destaca Latorre, é expandir a ferramenta, usando-a também nos cursos a distância oferecidos pela escola.

Pelo celular
Além do Second Life, outro instrumento da moda foi incorporado às aulas à distância: o celular. Já é possível, com um "smartphone" (aparelho celular que utiliza o programa Windows) receber aulas interativas de cerca de 15 minutos. Batizado de "m-learning" (ou "aprendizado móvel"), o programa é adaptado para sair da tela tradicional de 14 polegadas para uma de 4 polegadas. "É um sistema complementar para aquele público-alvo que não está ligado constantemente ao computador, mas precisa receber treinamento", explica Alex Augusto, CEO da Ciatech, uma das companhias que formatam essa tecnologia.

Alcance
Já voltadas para as gerações que surgem conectadas, empresas brasileiras estão se lançando no desenvolvimento de plataformas mais interativas, ligadas a tecnologias de ponta. Para Fábio Sanches, coordenador do Abraead (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância), não há limite para a oferta de EAD. "Com certeza a educação a distância será cada vez mais mediada pela tecnologia." Ele completa, porém, dizendo não ser estranho que a maior parte das aulas ainda se sustente na mídia impressa. "No Brasil, o computador e a banda larga não chegam sequer a 20% da população", aponta. Além disso, o grande usuário da EAD no Brasil está na faixa dos 30 ou 40 anos, majoritariamente. Não é a geração que nasceu usando a tecnologia."

Fonte: Folha de São Paulo

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