27.10.06

 

Ensino a distância já atrai 1,2 milhão de alunos no Brasil.

O ambiente corporativo é hoje o maior usuário global de e-learning. Apesar da iniciação precoce de crianças e adolescentes no mundo virtual, com grande volume de produtos e serviços para esse público, os cursos e treinamentos on-line para adultos têm apresentado crescimento constante e já contam com a adesão de empresas tradicionais de ensino. Segundo a Associação Brasileira de Educaçâo a Distância (ABED), ao menos 1,27 milhão de brasileiros estudaram a distância em 2005 nos cursos credenciados pelo MEC ou em iniciativas públicas e privadas. O número de instituições com cursos autorizados cresceu 30,7%, passando de 166 em 2004 para 217 em 2005. "A demanda corporativa pelo e-learning cresceu muito nos últimos dois anos. O custo reduzido e a inclusão de profissionais dispersos geograficamente são os principais atrativos para as companhias", considera Carlos Longo, diretor executivo FGV Online, braço de ensino a distância da Fundação Getulio Vargas. "É possível reunir gerentes de Belém, São Paulo, Manaus, Estados Unidos na mesma sala de aula. A economia mínima para a corporação é de 20%, já que antes esses funcionários teriam que se concentrar em São Paulo ou Rio, com gastos de hospedagem e transporte", diz. O formato gera receita de R$ 12 milhões anuais e cresce 40% ao ano em número de alunos. Uma das turmas da FGV Online é formada pela Companhia Vale do Rio Doce. "A empresa recorre a treinamentos on-line para 1,2 mil funcionários por ano, que antes não tinham acesso pela distância", diz Longo. O produto "premium" da instituição é o MBA a distância.

Hoje são 2,4 mil alunos, a maioria empresas, com custo médio de R$ 12 mil pelos 18 meses de curso. "É interessante que 15% desses alunos são brasileiros residentes no exterior, que têm a oportunidade de fazer uma especialização em seu próprio idioma, comparecendo aos quatro encontros presenciais", diz. O sucesso do formato levou a FGV a criar seu primeiro curso de graduação a distância, que será lançado no próximo semestre. "O curso de tecnólogo com gestão empresarial é focado em alunos de 25 a 45 anos, que já atuam no mercado mas que não se graduaram porque ficam mudando de cidade ou são transferidos com freqüência", conta.

O mercado mundial de e-learning movimenta cerca de US$ 20 bilhões por ano, estima o IDC Group. No Brasil, o número de organizações que utilizam o e-learning é crescente: passou de 258 empresas em 2002 para 480 em 2005. Somente no ano passado, a adesão cresceu 40% no segmento empresarial, segundo o Ministério da Educação. Ensino de idioma Depois de três anos formatando seu modelo de ensino de inglês na internet, a Inglês Online.Net começou a funcionar em setembro de 2004. No primeiro ano, conquistou cerca de 900 alunos. Destes, 25% focam o aprendizado no idioma para uso corporativo, o que incentivou a empresa a criar o plano Corporate. "Assim as empresas podem fechar um plano de acordo com a especificidade de sua atuação, como inglês para executivos do setor de saúde ou industrial, numa turma mínima de 20 pessoas", explica Silvio Souza, diretor técnico da empresa. A meta é atingir 2 mil alunos até o final de 2007. "E quadruplicar esse número em 2008, com base na demanda e no mercado de atuação de nossas duas concorrentes, ambas de origem internacional", diz Souza. Ele se refere à norte-americana Global English e à britânica English Town, que têm faturamento da ordem de R$ 20 milhões cada. "O aluno faz a aula onde estiver e no horário que preferir. O tempo de aula segue o ritmo individual, seja em cinco minutos ou em duas horas, fugindo do desequilíbrio que acontece em turmas presenciais", considera. Os alunos - 52% são mulheres e a idade média é de 32 anos - precisam de aproveitamento mínimo de 75% das aulas ou são obrigados a repeti-las.

Fonte: Gazeta Mercantil

 

Aprovação de MP beneficia a educação a distância.

Deverá ser promulgada até o final de outubro a Medida Provisória nº 299/06, aprovada na última terça-feira, 17 de outubro, no Senado. A MP beneficiará a expansão da utilização de tecnologia de informática na educação a distância. Desde que foi editada pelo presidente da República, em julho, a medida destinou R$ 63 milhões ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) para serem utilizados no Programa Nacional de Informática na Educação Fonte: MEC

21.10.06

 

MEC implanta cursos a distancia na UFSCar.

Pedagogia, sistema de informação e educação musical estão entre os cursos que passam a ser oferecidos em 2007 na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), com 50 vagas cada. O ministro da Educação, Fernando Haddad, oficializa na quarta-feira (18) em São Carlos (231 km a noroeste de São Paulo) o convênio.São cursos a distância, que integram o programa federal Universidade Aberta do Brasil, uma parceria da União com prefeituras e instituições federais de ensino. Nos anos seguintes, também haverá os cursos de tecnologia sucroalcooleira e engenharia ambiental.
Além das aulas transmitidas, será necessário que o aluno participe também de aulas presenciais, em pólos a serem criados na cidade ou em municípios próximos.
Além da parceria, a UFSCar passa a oferecer no ano que vem outros dois cursos tecnológicos, de curta duração -tecnologia em aeronáutica e tecnologia em sistemas de informação. São cursos em parceria com o Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica). Barretos, Olímpia e Igarapava terão cursos do programa.

Fonte: Folha Ribeirão

17.10.06

 

Formação a distância de professores ganha novo impulso

A formação de professores, atribuição anteriormente exclusiva dos governos estaduais e municipais, passará a ter suporte do governo federal. Na última quarta-feira (11), o presidente Lula lançou um conjunto de medidas na área da educação voltada especialmente para o fortalecimento da formação de professores por meio de programas de educação à distância. A participação do governo federal na qualificação de docentes, possível graças à alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), será feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável pelo sistema de pós-graduação universitária em todo o País.Ficará a cargo da Capes a operação do programa Universidade Aberta, que articula a realização de cursos de diversas instituições federais de ensino à distância, sobretudo para professores da educação básica (antigos 1º e 2º graus) que ainda não têm diploma de ensino superior. Esta tem sido uma das grandes preocupações do governo federal, já que o Plano Nacional de Educação (PNE) previa a conclusão da educação superior, por parte de todos os docentes da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio até o final deste ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep), cerca de 10% dos aproximados dois milhões de docentes da rede pública estão nesta situação. Por isso, o Ministério da Educação (MEC) investirá cerca de R$ 200 milhões com o objetivo de saltar dos atuais 10 mil estudantes para chegar a 100 mil alunos matriculados em cursos vinculados ao Universidade Aberta. “O governo está chamando para si parte da responsabilidade sobre a formação de professores”, diz Paulo Speller, reitor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMY) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Ensino Superior (Andifes).José Vitório Zago, do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), afirma que a entidade tem discordâncias com a concepção do Universidade Aberta. “Nós achamos absurdo que o formador do ensino básico ser formado à distância. O futuro professor, ao invés de ter contato com o seu professor e seus colegas, vai ter contato com a máquina”, critica. O secretário de educação à distância do MEC, Ronaldo Mota, defende a opção adotada pelo governo afirmando ser um método já testado em outros países e com bons resultados já comprovados. “Os estudantes no modelo que adotamos têm interação permanente com tutores nos momentos presenciais e à distância e a presença permanente do professor responsável pela disciplina. Comparados com professores formados no modo normal, eles têm mostrado desempenho superior”, defende.Para Mota, ao contrário da posição defendida pelo Andes-SN, o modelo do Universidade Aberta qualifica a formação dos professores, pois os coloca em contato com novas tecnologias, o que pode ser usado por estes professores na sua atividade pedagógica. Neste sentido, outra medida no pacote anunciado pelo governo federal foi a compra de 75 mil computadores e 7,5 mil impressoras para fortalecer o Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo). Serão entregues às escolas também 76 mil kits com 50 DVDs contendo conteúdos da TV Escola, sistema de apoio pedagógico por meio da mídia televisiva.

Fonte: Agência Carta Maior

13.10.06

 

Curso de informática a distância para deficientes auditivos

O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) da Bahia planeja implementar um curso de educação a distância na área de informática para deficientes auditivos ainda no ano que vem. O projeto foi apresentado durante a 22ª Conferência Mundial de Educação Aberta e a Distância, no Rio.

De acordo com o Senai, o programa foi elaborado a partir de uma pesquisa com 200 empresas da Bahia segundo a qual deficientes têm mais ofertas de emprego em informática, administração e contabilidade. O mesmo levantamento apontou ainda que 43% das empresas culpavam a falta de qualificação profissional dos deficientes como um problema.

Conforme o projeto, os alunos deverão ser deficientes auditivos que usam a Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) e que têm a língua portuguesa como segunda opção. O conteúdo do curso deverá ser apresentado por meio de vídeos e acompanhado de discussões pela internet. Sua duração total será de 150 horas.

Fonte: Folha Online

7.10.06

 

Curso de Administração Legislativa a distância

O Senado Federal, a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e as escolas do Legislativo de todas as unidades da Federação anunciaram na terça-feira a abertura de inscrições em todo o país para o curso de graduação a distância em Administração Legislativa. A proposta é inédita no Brasil. O curso terá duração de 1.620 horas, distribuídas em quatro semestres letivos, conferindo aos concluintes diploma de graduação, com titulação de tecnólogo.A proposta pedagógica foi desenvolvida nos últimos dois anos em conjunto pelas equipes do Senado que coordenam o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) e a Universidade do Legislativo (Unilegis), e da UnisulVirtual, unidade de educação a distância da Unisul.O curso vai dispor de uma metodologia flexível, utilizando a internet, com suporte de materiais impressos. Os alunos podem escolher locais e horários de estudo e interagir com os colegas e professores, quando poderão tirar dúvidas e receber correções de atividades de aprendizagem. Ao final de cada conjunto de disciplinas, os alunos participarão de uma etapa presencial de avaliação com aplicação de prova escrita.
Fonte: Jornal do Senado, 9/10/06

6.10.06

 

A pessoa portadora de deficiência e o EAD - 2

No dia 24 último postei um texto que falava da experiência do Analista de
Sistema e estudante do curso de Administração a distância da UVB,
Laérte Sant'Anna. Depois, eu lhe pedi (e ele gentilmente me atendeu)
que escrevesse um texto mais detalhado sobre a experiência dele como cego
e aluno de EAD. Agradeço muito ao Laércio pela colaboração. A idéia de
discutir esse tema aqui é para ressaltar a importância do EAD para as
pessoas que têm qualquer tipo de limitação física ou mental. O importante
agora é tornar essa ferramenta educacional acessível a todos, como o
explica o Laércio.

Laércio - Como você já deve ter percebido, sou também um entusiasta do ensino a
distância. Acredito que ainda não sabemos fazer isso direito no Brasil, mas
estamos começando, e acredito que chegaremos lá.
Penso que o ensino a distância se tornará um grande aliado das pessoas com
deficiência. Devido ao fato de ser possível estar em seu ambiente, os
problemas de barreiras arquitetônicas e tecnológicas ficam minimizados. O
estudante estará usando seu computador e em seu ambiente adaptado. Se é um
deficiente visual terá seu leitor de tela devidamente configurado. Se é um
deficiente físico terá a cadeira e mesa na altura e posições corretas, bem
como os dispositivos necessários para a digitação se for o caso. Certamente
ele não teria este ambiente tão favorável em uma sala de aula tradicional.
Isso sem considerar as dificuldades para ir e vir. As cidades não oferecem
condições adequadas para o uso de transporte público por pessoas em cadeiras
de rodas, assim como as calçadas não oferecem condições a um caminhar
tranqüilo para quem usa uma bengala.
Infelizmente, as tecnologias assistivas (softwares hardwares desenvolvidos
para as pessoas com deficiência interagirem com o computador) ainda não
são capazes de ler tudo o que aparece na tela. É de fundamental importância
que os desenvolvedores das interfaces sigam padrões de acessibilidade.
Se o curso for pensado para todos, certamente haverá um interprete de língua
brasileira de sinais para os vídeos apresentados, bem como legenda. Os
gráficos e imagens possuirão texto descritivo dentre outras dicas e
necessidades que podem ser encontradas nas recomendações do W3c no documento
do WCAG 1.0.
O dia que tais questões forem consideradas, o ensino a distância será o
melhor meio para a pessoa com deficiência estudar.

Sobre as ferramentas de EAD - A UVB usa uma interface própria. Ela ainda apresenta problemas. Penso
que é um dos pontos negativo da universidade, que em minha opinião, é muito
boa. Ele tem boa acessibilidade aos programas de leitura de tela como Jaws,
Dosvox e Virtual Vision? Infelizmente não. Este é um dos problemas. Consigo interagir, mas precisei
aprender a lidar com as dificuldades, e configurar o meu leitor de tela
(Jaws) de forma particular e específica para aquele ambiente. Tenho
consciência que não é qualquer usuário cego que é capaz de realizar tais
ajustes, pois exige bastante conhecimento do uso dos recursos avançados do
leitor, bem como muita dedicação e paciência.
Uma página acessível e adequada não pode submeter seus usuários a tal
situação.

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